Projeto de lei na Câmara quer proibir uso de canudos plásticos em Manaus

Levada para discussão na Câmara de Vereadores de Manaus (CMM), no último dia 21 de junho, o texto proposto pela vereadora do Partido Republicano Brasileiro (PR), Joana D’Arc, ainda prevê multa para quem for flagrado utilizando os canudos plásticos. Entre as alternativas dadas pela vereadora, conhecida por ser protetora dos animais, é um canudo feito de gelatina bovina, açúcar e amido de milho.

Caso seja aprovada, a nova lei ainda terá que ser cumprida em boates, salões de dança e shows de qualquer espécie. No Rio de Janeiro, quem descumpre a lei de proibição de canudos de plástico descartáveis pode receber uma multa no valor de R$ 3 mil – que é dobrada em caso de reincidência. “Em lugar dos canudos de plástico, poderão ser fornecidos canudos em papel reciclável, material comestível, ou biodegradável, embalados individualmente em envelopes hermeticamente fechados feitos do mesmo material”, propôs a vereadora no texto da lei.

No bairro Tarumã, zona oeste de Manaus, o grupo Remada Ambiental realiza coletas mensais nos lagos e rios da região. Lá, segundo a vereadora, o impacto da poluição ambiental já foi sentido. “Eu faço parte de um projeto da remada ambiental, todos os meses o grupo sai para recolher o lixo que é jogado no Tarumã, desde o canudo até todo tipo de lixo. Toda lei agrada um grupo e desagrada outro, isso a gente sabe. Mas temos que pensar no coletivo, no meio ambiente”, disse a vereadora.

A legisladora afirmou que, só nos Estados Unidos, são usados 500 milhões de canudos plásticos por dia e, no Reino Unido, mais 100 milhões. “Assim como outros resíduos, eles acabam desaguando nos rios, lagos, igarapés e ingeridos por animais, que morrem vítimas de sufocamento”, justificou a vereadora conhecida por proteger causas animais.

Segundo ela, feito geralmente de poliestireno ou polipropileno, o canudinho pode ser reciclado, mas como é muito pequeno e leve, assim como tampas de garrafa, o mais comum é que seja descartado. “Sua vida útil é estimada em 4 minutos. E ele leva, aproximadamente, 400 anos para se decompor na natureza”, lembrou a vereadora.

fonte: www.d24am.com